Contabilidade em tempos de mudanças

A paróquia pode ser considerada uma “empresa” e também possui dimensões econômicas que asseguram sua continuidade.

Ela se apóia em vários recursos, entre eles, a manutenção de uma contabilidade civil, tratada canonicamente com muita responsabilidade. Hoje a contabilidade paroquial requer conhecimento, competência e profissionalismo, para enfrentar as contínuas mudanças que o sistema financeiro vem impondo.

Atualize sua contabilidade

Há constantes atualizações no sistema contábil, tanto brasileiro quanto internacional, e as paróquias e dioceses necessitam se adaptar às novas realidades. Porque em qualquer país são imprescindíveis os contadores que assessoram as empresas nos negócios e na gestão, não como simples informantes e sim, como consultores.

Por isso, as paróquias devem ter compromisso sério com as mudanças, fazendo com que os responsáveis pela contabilidade participem diretamente do processo. Face às mudanças rápidas e às transformações tecnológicas dos órgãos fiscalizadores, o sistema contábil precisa ser sempre meticuloso e usar de ferramentas modernas para os seus controles.

Os administradores paroquiais deverão estar preparados para planejar com mais eficácia seus custos, seus controles de gastos e os procedimentos internos para que todo o processo contábil não acabe em situações inesperadas.

Favoreça um controle eficaz

Alguns controles financeiros precisam ser observados, tais como: controle de caixa e de bancos. Por ser de vital importância, porque por meio dos registros feitos, pode-se conhecer a origem e o destino de todo o dinheiro movimento pela paróquia.

Em cada paróquia deve haver uma boa organização que vise o controle interno, com documentos hábeis e legais para a devida contabilidade e os arquivos devem obedecer às normas oficiais da legislação.

Planejamento X Leis

Em qualquer organização, mesmo uma instituição sem fins lucrativos, o planejamento, a previsão dos gastos orçados e realizados são sempre fatores importantes para a transparência dos atos administrativos.

Essas mudanças mostram aos gestores de paróquias e dioceses que a organização é importante, sempre lembrando que as normas canônicas e a legislação civil e tributária nacional caminham juntas e devem ser respeitadas.

Quando não observados esses princípios da administração e da contabilidade, uma paróquia pode correr o risco de sofrer sanções fiscais e jurídicas por parte do Governo, na ocasião em que houver alguma auditoria fiscal nos documentos da entidade.

Tais eventuais penalidades fiscais (ou até criminais), além de serem prejudiciais para a instituição, poderão responsabilizar os gestores e administradores, conforme determina o Código Civil Brasileiro e a legislação afim.

Por Dorival Venciguera
Contador, Pós-Graduado em Controladoria e Gestão Empresarial, Auditor e Perito Judicial e um dos Maiores Especialistas sobre Contabilidade do Terceiro Setor. Oferece conteúdos gratuitos que têm ajudado milhares de pessoas e entidades no Brasil.